terça-feira, 18 de junho de 2013

PROFANO




Imagem: Cínthia Casagrande



Nas costas
o peso do nome que carrego
e um olhar vazado
dèjá vu
me escorre sob as lentes
Sou profano
vil e covarde
Ando sem rumo
apoiado em meu terceiro tentáculo
Piso agora com pés cansados em ti
Por minha demência
fui expulso do presépio
e esta presbiopsia me desatina




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