Imagem da internet |
Em agosto de 1982
meu pai morria
na pequena restinga
Em agosto de 1982
o poeta Luiz de Miranda
escrevia “Montevidéu”
em Porto Alegre
Veja
a crueza da poesia
Veja
o lírico da morte
Veja
a tênue linha
navalha afiada finíssima
Sinta
a ardência do polegar
de quem prova o fio de uma carneadeira
Sinta
o veio que brota
que tinge
Sangue
Sinta
o lírico da poesia
Veja
a crueza da morte
o que chamamos vida
é sua lavoura
pronta para a ceifa
O que chamamos vida
é só uma lacuna
um intervalo
um café, talvez
um cigarro
de um vindimadeiro.
meu pai morria
na pequena restinga
Em agosto de 1982
o poeta Luiz de Miranda
escrevia “Montevidéu”
em Porto Alegre
Veja
a crueza da poesia
Veja
o lírico da morte
Veja
a tênue linha
navalha afiada finíssima
Sinta
a ardência do polegar
de quem prova o fio de uma carneadeira
Sinta
o veio que brota
que tinge
Sangue
Sinta
o lírico da poesia
Veja
a crueza da morte
o que chamamos vida
é sua lavoura
pronta para a ceifa
O que chamamos vida
é só uma lacuna
um intervalo
um café, talvez
um cigarro
de um vindimadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado. Volte sempre.